segunda-feira, 1 de março de 2010

Um Governo de Sonho

Em Portugal, apesar de não haver tradição de os partidos recorrerem a head hunters para elaborar a lista dos mais competentes para assumirem cargos no governo, a revista EXAME convidou 21 head hunters (11 aceitaram o desafio) a elegerem potenciais e promissores governantes para um executivo de sonho. Todos os 11 profissionais envolvidos na eleição dos governantes ideais, são profundos conhecedores dos melhores currículos nacionais, tendo todos cargos de liderança nas empresas que representam.

Entre mais de 1000 currículos foram seleccionados três pessoas para cada cargo, de acordo com as melhores competências para as funções determinadas. Também seguindo um critério das melhores competências, os caçadores de talentos portugueses proclamaram um quadro de honra. Sendo assim, os nomes mais votados foram:

Primeiro-Ministro 
António Borges (ex-Vice-Presidente da Goldman Sachs)


É sinónimo de renovação, defende a liberalização e a concorrência. É considerado um visionário, comunicador nato e com conhecimentos técnicos. 




Ministro do Ambiente 
 António Carrapatoso (Chairman Vodafone Portugal)

Motivação para a causa pública, grande capacidade para analisar os assuntos com profundidade e de negociação.







Ministro dos Negócios Estrangeiros
Diogo Freitas do Amaral (Professor Catedrático de Direito)

Conhecedor da política, com profunda experiência nacional e internacional.








Ministro da Economia
Manuel Ferreira de Oliveira (Presidente Executivo (CEO) da Galp Energia)

Reconhecido por orientar a economia portuguesa para a venda de bens e serviços nos mercados externos. 








Ministro da Educação
António Damásio (Professor e Investigador)

Considerado um homem de mente aberta e que pela visão que tem por ter estado fora do país poderá reformar a educação, em Portugal.







Ministro da Justiça                   
José Miguel Júdice (Advogado)

Capacidade de enfrentar problemas e de desbloqueá-lo, competências de liderança de projectos e de pessoas. 


  

Ministro da Tecnologia
Carlos de Melo Ribeiro (Presidente da Siemens)

Primeiro português a dirigir a Siemens, em Portugal, poderia colocar o país no mapa da liderança tecnológica europeia.







Ministro da Admin. Local 
e Desen. Regional
 Filipe de Botton (Presidente da Logoplaste)

Grande dinamismo e capacidade empreendedora e sem medo do risco. Determinado, persuasivo, conhecedor da realidade. 








Ministro da Segurança Social
Vítor Feytor Pinto (Padre)

Um homem de causas e grandes preocupações sociais. Tem experiência no contacto com as populações e conhece as suas reais necessidades. 







Ministro da Saúde 
 Belmiro de Azevedo (Presidente não executivo da Sonae)  

Tendo em conta os lobbies, é considerado o gestor ideal para esta missão. Jogam a seu favor o empreendedorismo, inteligência e coragem.







Ministro das Finanças 
Zeinal Bava (CFO da PT)

Pela sua mão de ferro no controlo das contas, pela sua visão estratégica, ousadia nos negócios e energia inesgotável. 





Ministro das Obras Públicas
Diogo Vaz Guedes (ex-Presidente da Somague)

Grande conhecedor do sector, revela aptidões de negociador, conciliador excelente comunicador e é considerado um sonhador.





 Ministro da Agricultura
José Roquete (Empresário)            

Experiência empresarial bem sucedida no sector vinícola, provas dadas na liderança de projectos e capacidade para enfrentar problemas e vencer.





Ministro do Turismo
Dionísio Pestana (Presidente do Grupo Pestana)

A obra feita, num grupo que é referência nacional e internacional, e a capacidade visionária são os principais atributos.







Ministro da Defesa Nacional
Loureiro dos Santos (General)

Tem grande conhecimento da realidade militar e da política internacional. É grande conhecedor dos assuntos de defesa.







Relativamente a todos os nomes apresentados os que mais consenso reuniram foram os de António Borges, Diogo Vaz Guedes, José Miguel Júdice e Dionísio Pestana. Todos os ministeriáveis foram eleitos por votação, à excepção dos escolhidos para as pastas dos Negócios Estrangeiros, Educação e Saúde. Nestes três casos, a revista EXAME escolheu um dos nomes que constavam na short list e que apresentavam maior potencial para o ministério em questão.
                     

Seriam estes profissionais com provas dadas melhores governantes do que os meros políticos?  Em princípio, sim. A facilidade com que arregaçam as mangas e colocam a mão na massa faz crer obviamente nisso. A selecção de um ministro deveria claramente obedecer a critérios que ultrapassassem a fidelidade partidária ou amizade pessoal, como é o caso das competências mais utilizadas como a liderança e a persuasão.

Fonte: Revista Exame (n.º250)