DG66|2007-13|14
Antes, de me centrar na resposta a esta pergunta:" Quem é que motivaram hoje?", vamos analisar o exemplo de Michael Phelps:
História:
O Phelps é o maior atleta olímpico da história. 18 medalhas olímpicas. Foi
entrevistado para o “60 minutos” e sabem onde é que ele as guarda?
Embrulhadas numa t-shirt velha. Quando as desembrulhou, o jornalista começou
a contá-las e eram só 17 medalhas. “Pois só” respondeu o Phelps. “onde está a
outra?”. “Não sei… só agora é que reparei que falta uma”.
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Pensa que o Phelps se dedicou ao seu desporto com as medalhas em mente? Não. Para ele foram uma consequência da motivação que ele tinha. A maior parte das pessoas acha a ideia das medalhas muito apelativa, mas depois, quando é preciso trabalhar no duro, fogem como ratos!
Temos de nos diferenciar. De fazer diferente dos outros!
Quando se pergunta nas empresas se as pessoas estão motivadas ficam todos a olhar uns para os outros. Mas como está lá o chefe, dizem todos o mesmo: “Estamos… Graças a deus…!”.
E vocês? Quem é que motivaram hoje?
Depende de nós! Apanhem as pessoas em flagrante… a fazer as coisas bem feitas! É um paradigma diferente!
Por exemplo: quando o homem do talho (açougue - no Brasil) tira a gordura das costeletas. Nós agradecemos? Reconhecemos o esforço adicional? Ou pensamos “não fez mais que a obrigação dele”?
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História: Dois homens, seriamente
doentes, ocupavam o mesmo quarto num hospital. Um deles ficava sentado na
cama durante uma hora todas as tardes, para drenar líquido dos pulmões. A sua
cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era
obrigado a ficar deitado de bruços na sua cama o tempo todo.
Eles conversavam muito. Falavam sobre as suas
mulheres e famílias, as suas casas, os seus empregos, sobre o serviço militar
e onde costumavam ir nas ferias. E todas as tardes, quando o homem perto da
janela podia sentar-se, ele passava todo o tempo descrevendo ao seu
companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela. O homem na
outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e
animado pelas descrições do companheiro.
Ele dizia que da janela dava pra ver um parque
com um lago bonito. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças
navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no
meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e
velhas arvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser
vista no céu da cidade. Quando o homem perto da janela fazia suas descrições,
ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem
fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem
perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não
pudesse escutar a musica, ele podia ver e descrever tudo.
Os dias foram passando. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante a noite. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. Vagarosamente, pacientemente, ele apoiou-se nos cotovelos para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu faze-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?
A
enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo
que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distrai-lo e alegrá-lo um
pouco mais com suas historias.
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Há que motivar os outros: “comportamento gera comportamento”!
O problema é que em Portugal, quanto mais desgraçadinho, melhor!
Ken Blanchar dizia que “Portugal sofre de um fenómeno de QUAQUING.” Estamos sempre a choramingar; a queixarmo-nos (se fosse modalidade olímpica, ganhávamos!) Qualquer coisa e já estamos: “QUA, QUA, QUA”!
Até fico com dor de barriga, com esta atitude! Se calhar porque estou no Brasil, e já mudei um pouco de mentalidade! Sim, se alguma coisa este país me tem proporcionado é a capacidade de não desistir, ficando aqui no Brasil por muitos anos ou não, esta "vitalidade" tem sido uma mais-valia tremenda para mim!
Como alguém me dizia ontem, nem pareces português! A quem eu respondi, sou português, com um tremendo orgulho, adoro o meus país, que tem pessoas competentíssimas e altamente motivadas, do melhor que o mundo tem para oferecer a nível profissional, o problema é que nos últimos anos fomos aglutinados por uma onda de pessimismo provocada por uma gestão desgovernada a nível publico e afirmo PRIVADO, com muitos gestores "cristalizados" no poder sem competência nenhuma. Mas, isso será conversa para uma outra publicação!
O mundo está cheio de gente que “não podia”!
Ai porque eu não sou bonito!
Ai porque eu não sou inteligente!
Ai porque eu não sou da cidade!
Há gente que não tem nada disso e que consegue! Nós também conseguimos!
No pain, no gain!
A maior parte das dúvidas estão na nossa cabeça. Prepara-te e vai à luta!
“As nossas dúvidas são traidoras” (William Shakespeare)
Prefiro uma má-certeza do que uma boa dúvida!
Ninguém dá nada a ninguém!
Terreno fértil: a sociedade não é abstrata. Todos nós somos responsáveis. Cabe-nos a nós fazer alguma coisa.
Decore a sua alma: soft skills!
E nunca se esqueça: Temos um dedo para apontar mas temos três que ficam a apontar para nós próprios!
* Manager do Blogue desde Outubro de 2007.
Nota Final: Este artigo foi redigido tendo como base de pensamento as ideias centrais da palestra "Fúria de Vencer" do Prof. Jorge Sequeira na Porto Business School.