Apresento um artigo publicado no portal Dinheiro Vivo no qual revela a importância que os comportamentos online têm para os recrutadores e empregadores, que os traduzem em "reputações digitais"
Fonte: http://www.digitaltrends.com
30/10/2012 | 12:29
| Dinheiro Vivo
Os americanos estão agora
a passar mais tempo nos sites de redes sociais de que em todos os
outros sites combinados. Só o Facebook tem mais de mil milhões de
utilizadores — o que corresponde a 15% da população mundial e quase 50%
dos utilizadores da internet, que passam uma média de 15 minutos por dia
no site. E isto é só um site; imagine se acrescentássemos o Twitter,
LinkedIn, Google+, Weibo, Renren, Orkut, e todos os outros.
Como
consequência de passarmos tanto tempo online, deixamos agora rastos da
nossa personalidade em todo o lado. De facto, e a menos que nunca tenha
usado a Amazon, Gmail, Spotify, Tripadvisor, Netflix, ou qualquer
infinidade de outros sites, terá não um, mas múltiplos perfis online.
No
início, os perfis só tinham interesse para esses sites, que
personalizavam a nossa experiência de consumidos oferecendo-nos produtos
congruentes com as nossas preferências e valores ("se comprou este
filme, poderá estar interessado em comprar ..."). No entanto, os nossos
comportamentos online também têm agora interesse para os recrutadores e
empregadores, que estão a tentar desesperadamente traduzi-los em
"reputações digitais" e usá-los para encontrar talento online. Vejo três
razões para que os empregadores tenham a probabilidade de encontrar os
seus líderes futuros no ciberespaço.
Primeiro,
a Rede faz com que recrutar seja mais fácil para os empregadores e
aspirantes a empregados. Por exemplo, uma empresa com 100 funcionários
terá provavelmente o mesmo número de empregados no Facebook ou LinkedIn,
e cada um deles terá pelo menos 100 ligações nestes sites de
“networking” — isto significa visar 10 mil pessoas que são ligações em
primeiro grau, e como estas terão pelo menos 100 ligações cada, o
anúncio de emprego poderá atingir mais de 1 milhão se incluirmos
ligações de segundo grau. Para os funcionários, passar o tempo no
Facebook ou Twitter enquanto estão no trabalho poderá afinal não ser uma
coisa inútil — poderá ajudá-lo a encontrar um emprego mais desejável
(ou a ser encontrado). De facto, 1 em cada 6 pessoas à procura de
emprego atribui às redes sociais os créditos de terem encontrado um
emprego melhor.
Segundo, a Rede faz
com que o recrutamento seja menos parcial e fechado a determinados
círculos. A maioria dos recrutadores já está a usar as redes sociais
para identificar funcionários com talento fora das suas redes de
conhecimentos habituais. Segundo um inquérito realizado pelo Jobsite
este ano, 54% dos recrutadores usa o Twitter, 66% o Facebook, e uns
surpreendentes 97% o LinkedIn, como ferramentas de recrutamento. Embora
isto alargue o grupo de possíveis candidatos, os recrutadores continuam
sujeitos aos mesmos preconceitos que existem no mundo físico
(nomeadamente, inferências preconceituosas sobre o carácter ou valores
de alguém com base nos seu aspeto). No entanto, é mais fácil criar e
implementar métodos fiáveis online do que offline, onde a química e a
subjetividade nunca serão eliminados. Por outro lado, as reputações
digitais captam muitas horas de comportamentos online, e ao contrário do
que acontece com as ações, o comportamento anterior dos seres humanos é
o melhor indicador do comportamento futuro.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk
Terceiro,
a análise de dados na Rede pode ajudar os recrutadores a tornarem-se
mais eficientes. Os dados de grande volume podem fornecer a melhor
resposta às grandes questões relativas à identificação de talentos, se
fizermos às perguntas certas aos dados. Não só existe uma abundância de
dados, como se está a tornar cada vez mais fácil, rápido e barato gerar
mais dados (relevantes). Os algoritmos de agregação de dados estão a
crescer exponencialmente — o Klout poderá não ser a melhor medida de
"influência social," mas continua a ser útil e muito fiável, e as
alternativas futuras serão sem dúvida melhorias. A integração de dados —
combinar os múltiplos perfis das pessoas num só — é o próximo passo, e
já está a acontecer. Em breve, será fácil saber que a pessoa que compra
livros do Colin Dexter na Amazon é a mesma pessoa que aluga o Inspector
Lewis on Netflix, verifica os dados do Hotel Randolph no TripAdvisor, e
pesquisa voos para Heathrow no Kayak. Se já comprou um par de sapatos na
Zappos e depois viu esses mesmos sapatos anunciados quando se ligou de
novo ao Facebook, isto já lhe aconteceu. A pergunta passa então a ser:
como é que os recrutadores reúnem toda esta informação para quantificar
potenciais funcionários?
Se pensa que
isto é assustador, poderá querer refletir sobre as alternativas: perder
um emprego melhor, passar uma infinidade de tempo a atualizar o seu CV,
preencher dezenas de candidaturas a emprego, ou viver a sua vida
completamente offline (o que seria mesmo uma vida muito solitária). Além
disso, ser um ludita provavelmente prejudicará a sua carreira. Os
recrutadores considerarão os candidatos não empregáveis se não
conseguirem encontrar informação sobre eles online — a menos que esteja a
esconder uma história indesejável ou não exista, espera-se agora que
tenha um perfil online.
A grande
implicação é que precisará de investir uma quantidade considerável de
tempo a gerir a sua reputação digital. A única coisa pior do que não ter
um perfil é ter um perfil indesejável. Na verdade, as suas hipóteses de
ser escolhido por um “headhunter” online são inversamente proporcionais
à quantidade de autorrevelações inadequadas encontradas no seu perfil
do Facebook ou do Twitter. O “Egosurfing” — ou “self-googling”
(pesquisar-se a si próprio no Google) — é agora mais importante do que
atualizar o seu CV.
Iremos assistir
em breve à proliferação de sistemas de aprendizagem de máquinas que
farão corresponder automaticamente os candidatos a empregos e
organizações específicas. Imagine que em vez de receber recomendações de
filmes do Netflix ou recomendações de férias da Expedia, recebia
ofertas de emprego diárias do Monster ou do LinkedIn — e que esses
empregos eram realmente os indicados para si.
Agora só faltava poder também enviar os nossos “avatars” para o trabalho enquanto ficamos na cama.
O fundamento básico deste blogue é contribuir para o debate sobre a Gestão de Pessoas nas organizações, tendo em conta o ambiente competitivo que se vive. A Gestão de Pessoas tem sido alvo de crescente interesse que decorre da evidência do seu impacto no desempenho organizacional, este facto, poderá constituir vantagem determinante no contexto de grande competitividade que caracteriza a economia nos dias de hoje.
Os RH deixaram de ser vistos como simples recursos com determinadas competências para executar tarefas e para alcançar os objectivos da organização, para claramente passarem a ser considerados pessoas na verdadeira a acepção da palavra: com valores, crenças, atitudes, aspirações e objectivos individuais.
O Gestor de Pessoas de hoje e do futuro integra uma equipa que partilha experiências e conhecimentos visando encontrar soluções para uma vasta variedade de problemas. Gerir pessoas deve ser mais que controlar procedimentos e rotinas, implica o envolvimento de todos os membros da organização, um investimento na criatividade e inovação como factores de diferenciação.
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Existirá, na verdade, uma «fórmula mágica» capaz de produzir líderes instantaneamente?
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Leitura Obrigatória
Referências
Alvin Toffler - Um mestre da gestão que efectuou previsões correctas sobre o que estava para vir - “O meu ponto de partida foi sempre a mudança “.
Daniel Goleman - Um mestre da gestão que está disposto a aprofundar as emocões - “É um risco ignorarmos as competências emocionais”.
Ian Mitroff - Um mestre da gestão que acredita que as organizações necessitam da “pessoa como um todo” - “Precisamos de novas formas de pensar sobre pessoas e organizações, e precisamos de novas formas de medir o input, output e desempenho como um todo”.
Jeffrey Pfeffer - Um mestre da gestão que destaca as pessoas na equação dos negócios - “Que outra dimensão existe nas organizações, para além das pessoas?
Jonas Ridderstrale - Um mestre da gestão que afirma que ser diferente é uma verdadeira mais-valia - “Quando se investe na imaginação humana – sentimentos e fantasia – o limite é o céu.
Kenichi Ohmae - Um mestre da gestão que vê o mundo através do portal do Japão - “Esqueçam os mitos ocidentais simplistas sobre a gestão nipónica. Há muito mais do que hinos de empresa e emprego para toda a vida”.
Leif Edvinsson - Um mestre da gestão sensível aos “activos intangíveis” da empresa - “Aquilo que não se vê está hoje a dirigir as economias do mundo. O capital intelectual das nações é a nova riqueza das nações”.
Peter Senge - Um mestre da gestão que lançou a ideia da organização "aprendente” - “No seu sentido mais simples, uma organização aprendente consiste num grupo de pessoas que estão continuamente a melhorar a sua capacidade de criarem o seu próprio futuro”.
Warren Bennis - Um mestre da gestão com uma paixão pela liderança - “O novo líder percebe e pratica o poder de reconhecimento”.