segunda-feira, 14 de abril de 2014

Motivação e Auto-confiança

Artigo redigido por Davide Gouveia*  
DG66|2007-13|14 

Esta é uma pergunta retórica. Para fazerem introspecção. É preciso pensar nisto de vez em quando porque “o uso desenvolve, o não uso atrofia” (Lamarque). 

Antes, de me centrar na resposta a esta pergunta:" Quem é que motivaram hoje?", vamos analisar o exemplo de Michael Phelps: 

História: O Phelps é o maior atleta olímpico da história. 18 medalhas olímpicas. Foi entrevistado para o “60 minutos” e sabem onde é que ele as guarda? Embrulhadas numa t-shirt velha. Quando as desembrulhou, o jornalista começou a contá-las e eram só 17 medalhas. “Pois só” respondeu o Phelps. “onde está a outra?”. “Não sei… só agora é que reparei que falta uma”. 

Se eu tivesse uma medalha olímpica – o símbolo da excelência absoluta - Punha-a num quadro, num lugar bem vísivel à porta de casa, com seguranças, que era para que toda as pessoas que lá passassem, vissem MUITO BEM!   

Pensa que o Phelps se dedicou ao seu desporto com as medalhas em mente? Não. Para ele foram uma consequência da motivação que ele tinha. A maior parte das pessoas acha a ideia das medalhas muito apelativa, mas depois, quando é preciso trabalhar no duro, fogem como ratos! 
A ideia é só uma Ou fazemos diferente ou não fazemos falta nenhuma no mercado de trabalho!

E fazer diferente pode ser a vender sacolé (um geladinho aqui no Brasil preparado dentro de pequenos saquinhos de plástico)… mas com um sorriso - isto é ser diferente dos outros -  não é preciso inventar a roda! 
Temos de nos diferenciar. De fazer diferente dos outros! 

Quando se pergunta nas empresas se as pessoas estão motivadas ficam todos a olhar uns para os outros.  Mas como está lá o chefe, dizem todos o mesmo: “Estamos… Graças a deus…!”.  

E vocês? Quem é que motivaram hoje? 
Se vocês não motivam ninguém, também não são motivados. Têm o que merecem. Dêem vocês o primeiro passo! Isto é a tabuada dos 2 da psicologia: “comportamento gera comportamento”. São transacções comportamentais. “Somos todos átomos em colisão”

Depende de nós! Apanhem as pessoas em flagrante… a fazer as coisas bem feitas! É um paradigma diferente!

Por exemplo: quando o homem do talho (açougue - no Brasil) tira a gordura das costeletas. Nós agradecemos? Reconhecemos o esforço adicional? Ou pensamos “não fez mais que a obrigação dele”?
É que se é assim, então ninguém é motivado porque também “não faz mais do que a sua obrigação!”.
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História: Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto num hospital. Um deles ficava sentado na cama durante uma hora todas as tardes, para drenar líquido dos pulmões. A sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços na sua cama o tempo todo.
Eles conversavam muito. Falavam sobre as suas mulheres e famílias, as suas casas, os seus empregos, sobre o serviço militar e onde costumavam ir nas ferias. E todas as tardes, quando o homem perto da janela podia sentar-se, ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela. O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro.
Ele dizia que da janela dava pra ver um parque com um lago bonito. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas arvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser vista no céu da cidade. Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a musica, ele podia ver e descrever tudo.
Os dias foram passando. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante a noite. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. Vagarosamente, pacientemente, ele apoiou-se nos cotovelos para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu faze-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?
A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distrai-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas historias.

Sem dúvida, há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. 

Há que motivar os outros: “comportamento gera comportamento”! 
“Que aquele que deseje gozar um bom futuro, não desperdice nada do seu presente” (Mahatma Gandhi).

O problema é que em Portugal, quanto mais desgraçadinho, melhor!
Ken Blanchar dizia que “Portugal sofre de um fenómeno de QUAQUING.” Estamos sempre a choramingar; a queixarmo-nos (se fosse modalidade olímpica, ganhávamos!) Qualquer coisa e já estamos: “QUA, QUA, QUA”!

Até fico com dor de barriga, com esta atitude! Se calhar porque estou no Brasil, e já mudei um pouco de mentalidade! Sim, se alguma coisa este país me tem proporcionado é a capacidade de não desistir, ficando aqui no Brasil por muitos anos ou não, esta "vitalidade" tem sido uma mais-valia tremenda para mim!

Como alguém me dizia ontem, nem pareces português! A quem eu respondi, sou português, com um tremendo orgulho, adoro o meus país, que tem pessoas competentíssimas e altamente motivadas, do melhor que o mundo tem para oferecer a nível profissional, o problema é que nos últimos anos fomos aglutinados por uma onda de pessimismo provocada por uma gestão desgovernada a nível publico e afirmo PRIVADO, com muitos gestores "cristalizados" no poder sem competência nenhuma. Mas, isso será conversa para uma outra publicação!

O mundo está cheio de gente que “não podia”!
Ai porque eu não sou bonito!
Ai porque eu não sou inteligente!
Ai porque eu não sou da cidade! 

Há gente que não tem nada disso e que consegue! Nós também conseguimos!



“Perseguir objectivos ou esperar que a vida aconteça é a diferença entre o sucesso e a mediocridade” (John Kennedy)

Objectivos realistas e mensuráveis! 

 Exemplo: Havia um miúdo pequenino, com problemas de crescimento, que tinha tudo para não ser nada... 




-->“Frequentemente, a oportunidade perde-se porque se apresenta de fato-macaco e tem o aspeto de trabalho”       
(Thomas Edison)

No pain, no gain! 

A maior parte das dúvidas estão na nossa cabeça. Prepara-te e vai à luta!

“As nossas dúvidas são traidoras” (William Shakespeare)

Prefiro uma má-certeza do que uma boa dúvida! 

Ninguém dá nada a ninguém! 

Terreno fértil: a sociedade não é abstrata. Todos nós somos responsáveis. Cabe-nos a nós fazer alguma coisa. 

Decore a sua alma: soft skills!

E nunca se esqueça: Temos um dedo para apontar mas temos três que ficam a apontar para nós próprios!  
  
* Manager do Blogue desde Outubro de 2007. 

Nota Final: Este artigo foi redigido tendo como base de pensamento as ideias centrais da palestra "Fúria de Vencer" do Prof. Jorge Sequeira na Porto Business School. 

domingo, 13 de abril de 2014

Porque é que as empresas não valorizam os seus trabalhadores?

Artigo redigido por António Machado Vaz*  
AMV10|2013-14


Porque é que as empresas não valorizam os seus trabalhadores?

1 - Este fim-de-semana foi lá a casa jantar o meu amigo Joaquim. O Joaquim tem a minha idade e trabalha há 10 anos na Sonae (uma das maiores empresas Portuguesas e um colosso do sector da distribuição e das telecomunicações). A certa altura, queixou-se que tinha sido preterido para um cargo de chefia (nada de de especial. Não era para Diretor, nem nada que se pareça. Falamos de uma mera chefia intermédia). Apesar de estar há 10 anos no mesmo departamento, apesar de ser altamente experiente e de ter um conhecimento privilegiado do sector, o Joaquim não foi promovido. O diretor do seu departamento tinha ido buscar ao mercado uma pessoa para ocupar o cargo que, numa progressão natural de carreira, seria seu. Um cargo bem remunerado (ao contrario do dele). E perguntava-me o Joaquim: “Onde está a justiça nisto?! Onde está a recompensa de 10 anos de trabalho bem feito, numa área tecnológica - e portanto altamente diferenciada?!

Depois falou no Belmiro de Azevedo, chairman do grupo que, um belo dia, se saiu a dizer que “as pessoas deviam pagar para trabalhar na Sonae” (como isso não é possível, limita-se a pagar-lhes o mínimo possível...) Pus-me a pensar nisso e conclui o seguinte: apesar de chocante, a ideia de Belmiro corresponde a uma determinada visão do mundo – e essa visão não é desprovida de sentido[1]: a ideia é que o Joaquim, ao sair da faculdade, tem um conjunto de ferramentas... que de pouco valem porque ele não sabe como as usar no mundo real. Ele apenas conhece a teoria. Em 10 anos, a Sonae deu-lhe experiência pratica (a troco do retorno correspondente - isso está fora de questão). Neste momento, o Joaquim é um profissional diferenciado, que trás valor acrescentado a quem o contratar (e que, por isso, merece um salário melhor, mais responsabilidades, etc).

O passo lógico seria... ele aproveitar esse capital de conhecimento e experiência e "ir à vida dele" – i.e.: ir rentabiliza-lo para outro lado.

Consequências que daí adviriam: ele evoluía (numa nova empresa ou num negócio próprio) e a Sonae, das duas, uma: ou o substitui por alguém mais caro (alguém com as mesmas competências mas que tem de ir recrutar ao mercado) ou escolhe começar o processo de novo (apostando em alguém saído da faculdade, sem experiência, que vai ter de formar do "zero" – o que também tem um custo associado).

Ou seja: se o Joaquim fizer o que é suposto e evoluir, a Sonae ficará sempre a perder. E se houver muitos "Joaquins ", a determinada altura a Sonae vai ter de começar a desenvolver planos de carreiras e formas de reter as pessoas que demorou anos a desenvolver.

Problema: neste momento, o nosso mercado não abunda em oportunidades e os "Joaquins" também não são muito dados a arriscar. E se não saem pelo seu próprio pé, as "Sonaes" chegam à conclusão que compensa mantê-los estagnados: para quê pagar mais se eles não se vão embora? Para quê motiva-los se, mesmo insatisfeitos, eles continuam altamente produtivos?


2 - Mas o problema para a empresa pode ser mais complexo do que isso: e se, afinal, o Joaquim não constituir a regra mas antes a exceção? E se já tiver havido vários trabalhadores com elevado potencial que se foram embora? Trabalhadores com a combinação certa entre conhecimento técnico e experiência? Entre adaptação aos valores da empresa e conhecimento do negócio? E se a empresa não tiver a capacidade de reter os melhores? E tiver apenas ficado com os acomodados e com aqueles que não têm valor para serem recrutados pelas outras empresas do mercado?

A Sonae é conhecida por ir ao mercado recrutar os melhores: seja os melhores alunos das faculdades (com salários baixos, que se mantêm assim durante anos); seja os melhores profissionais séniores (para os cargos dirigentes - e, esses sim, são muito bem pagos. Se tivesse uma política de retenção de talento, não pouparia dinheiro? Ir recrutar ao mercado fica sempre mais caro. Se apostasse na "prata da casa", garantindo um aumento gradual de responsabilidade (e salário), a empresa estaria simultaneamente a garantir uma aposta mais segura (em trabalhadores que já estão adaptados à sua estrutura) e um maior retorno (dado que, proporcionalmente, não terá de pagar salários tão altos aos cargos dirigentes).


3 – A certa altura, o meu amigo Joaquim - talvez por estar desiludido com a situação - disse: "Nunca mais chega a reforma pra eu me poder dedicar aos projectos que realmente gosto!..." O Joaquim tem 35 anos (!!!). Fala como se tivesse chegado ao fim da linha. Como se não houvesse esperança e já tivesse feito tudo o que podia. Não fez: o problema dos trabalhadores portugueses é que têm qualidade mas não a sabem comunicar. O meu problema também é esse. Por isso é que escrevo artigos e frequento o Toastmasters - para expor o meu trabalho e melhorar a minha capacidade de exposição oral. Porque cheguei à conclusão que consigo prender a atenção das pessoas... mas que não as consigo verdadeiramente emocionar. E, nesta fase da vida, não é enviando CVs que as oportunidades surgem. É comunicando qualidade sempre que possível; é impressionando quem tem contacto connosco no mercado.


4 - A minha conclusão é que estamos notoriamente num estágio de desenvolvimento abaixo de outros mercados. Só com maior espírito competitivo é que as empresas passarão a tentar potenciar todo o potencial dos seus trabalhadores - porque só com trabalhadores motivados é que é possível produzir verdadeira inovação, excelência, vantagens competitivas. Só assumindo verdadeiramente que "as pessoas são o nosso maior activo" (deixando de ser esse apenas um chavão, que fica bem dizer mas que está longe de ser realmente implementado nas empresas) é que conseguiremos ter produtos e serviços de qualidade, realmente inovadores e com valor acrescentado para o cliente.

Mas tudo está interligado: e só com trabalhadores qualificados, competentes e competitivos – e que saibam comunicar essa maior qualidade - é que as empresas se sentirão pressionadas a valorizar os seus profissionais e a assumir verdadeiras políticas de RH.

[1] Belmiro é um homem admirável, de origens humildes mas que, actualmente, tem uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões (dados da Forbes de 2014). Sendo um homem polémico, sempre fez questão de ter independência para dizer o que lhe vai na alma sem medo das consequências - e isso implica não estar ligado aos centros de poder político. 
* Colaborador nas publicações do Blogue desde Outubro de 2013.

sábado, 12 de abril de 2014

Uma Questão de Atitude

Artigo redigido por António Machado Vaz*  
AMV9|2013-14

Como é que se doma um elefante?
Fonte da imagem:
fasdapsicanalise.wordpress.com
O truque é amarra-lo a uma arvore grossa quando ele é pequeno. Nos primeiros tempos, ele vai lutar com todas as suas forças para se libertar – mas, como é pequeno, não consegue. E desiste.
Entretanto, o elefante cresce e transforma-se no animal mais forte que existe na natureza. Com toda aquela força, ele podia facilmente libertar-se do seu cativeiro… e ir à vida dele.
Mas não o faz porque se lembra que em tempos falhou – conforma-se com a sua situação e nunca mais volta a tentar (daí é que vem a expressão “memória de elefante”).

Onde há muitos elefantes é na India – e foi precisamente para aí que uma empresa de calçado resolveu expandir a sua actividade. Resolveu, então, mandar para lá dois vendedores, para estudarem o mercado. Um foi para o Norte e outro para o sul.
Ao fim de uma semana, o do Norte liga pra sede e diz: “Chefe, vou voltar pra Portugal. Estive a estudar o mercado e não temos hipótese nenhuma. Ninguém aqui usa sapatos”.
No dia seguinte, liga o vendedor que estava no Sul: “Chefe, é melhor comprar um cofre maior, que o que temos não vai dar pra tanto dinheiro! Vamos ficar ricos! Estive a dar uma volta por esta região e clientes não faltam: sabia que… ninguém aqui usa sapatos!?

Costuma-se dizer que a realidade é um conceito relativo: Neste caso, onde um vê o desastre e o outro vê uma oportunidade.

A mentalidade – a atitude de cada um – é que faz toda a diferença. Porquê?

Porque a excelência das nossas acções reside na qualidade dos nossos pensamentos. O pensamento antecede a acção – e se alimentamos as nossas dúvidas, isso é meio caminho andado para que se dê a chamada profecia auto-realizavel: Vejam o caso do vendedor que diz “não vamos conseguir”: Se eu acho que não vou conseguir, então não me vou aplicar; não me vou preparar devidamente (para quê!?) - e aí as probabilidades de ter sucesso diminuem.

E, quando a coisa corre mal, vem o comentário o típico “eu não dizia que não era capaz?!
A profecia concretizou-se… Tal como o elefante, estamos tão convencidos que não somos capazes, que já entramos na luta derrotados.

Por isso é que é importante ter auto-confiança / pensamento positivo.
Mas atenção: ser optimista nao é ser lírico. Não é fugir aos problemas. Não é pensar: “tudo vai correr bem… mesmo que eu não faça nada por isso”.

O vendedor optimista vai dizer: sim senhor, eu vou conseguir. MAS VOU CONSEGUIR PORQUÊ?
·                    PORQUE me preparei bem - porque cheguei onde cheguei graças ao fruto do meu trabalho (ninguém me fez favores);
·                    PORQUE o produto é bom – já resultou noutros mercados.
·                    PORQUE há quem o queira comprar.

O que é que me falta? Saber onde estão os clientes? Então vou-me informar. Posso não encontrar clientes à primeira, mas não vou desistir! Vou atrás deles.

Isto é  auto-confiança! Eu estou a (1) mobilizar os meus recursos para a acção, (2) fico mais concentrado e, gradualmente, (3) estou a aumentar as probabilidades de ter sucesso.

Mas será esta fórmula infalível? Isto traz a garantia de alguma coisa?…  Meus amigos, vou-vos dar uma novidade: neste mundo, ninguém tem a garantia de nada. E a beleza do jogo da vida é essa mesma: é que o resultado é indefinido até final: Há pessoas que entram no jogo já a perder 1-0 mas que dão a volta ao resultado…

Nós dizemos:
Ai mas eu não posso - porque não sou bonito!
Ai mas eu não posso - porque eu não sou inteligente!
Ai mas eu não posso - porque eu não sou de cá!

Mas temos muitos exemplos de gente que “não podia” e deu a volta ao resultado:
·                 O Américo Amorim não tem nenhum curso e chegou onde chegou;
·                 O Cristiano Ronaldo nasceu num bairro de lata na Madeira e chegou onde chegou;
·                 O Barack Obama, quando nasceu, os negros não podiam votar – quanto mais ser eleitos para o que quer que fosse!

Já ouviram falar do blade runner? (não, não estou a falar do filme…) O blade runner é Óscar Pistorius, que se chama assim porque nasceu sem pernas. Corre com 2 próteses. E é tão bom que, aqui há uns anos, se discutiu se ele podia ser admitido em competições oficiais … porque podia ter uma vantagem em relação aos outros… Isto sim é dar a volta às circunstâncias e não se conformar com o seu destino! De repente, este homem pôs toda a gente a discutir se afinal, em vez de uma deficiência, ser amputado não será, ao invés, é uma vantagem!...

Com exemplos destes, como é que nós – que TEMOS TUDO – podemos dizer que não conseguimos?!

O que mais há neste mundo são pessoas inteligentíssimas mas que nunca fizeram coisíssima nenhuma na vida - porque, tal como o elefante, se conformam com o seu destino e desistiram antes sequer de verdadeiramente tentar.

Lembrem-se: o único que te pode dizer que não consegues és tu mesmo – e mesmo assim, tu não precisas de ouvir!

Discurso Oporto Toastmasters Club - António Machado Vaz:


* Colaborador nas publicações do Blogue desde Outubro de 2013.