Remunerar leva em consideração o nível individual de competência na realização das actividades ou tarefas atribuídas. Lawer classifica este tipo de remuneração como a regra salarial de um sistema de remuneração baseado nas pessoas em oposição ao sistema de remuneração baseado no emprego. Spencer e Spencer avançam com a remuneração baseada na competência designa uma forma de remunerar as características individuais, as capacidades ou competências, adicionalmente à remuneração ligada ao emprego ou ao papel organizacional.
Libertar as empresas dos constrangimentos relativos à regulação colectiva dos postos de trabalho e facilitar uma gestão individualizada e descentralizada dos trabalhadores.
Conduzir os trabalhadores a adoptar comportamentos favoráveis aos interesses da empresa. Individualizar consiste, assim, em remunerar o trabalhador de acordo coma tarefas atribuídas e igualmente de acordo com a performance e os resultados alcançados.
Reynaud vai mais longe e define “a individualização dos salários como a regra de formação dos salários que assenta sob critérios individuais: antiguidade, diploma, experiência, qualificação, performance, etc”.
Ou seja, as competências constituem referências para facilitar a individualização/personalização e a reversibilidade das remunerações?
Mobilização das competência nas situações profissionais e distingue dois grandes grupos de remuneração – aqueles em que se exige a mobilização de competências, tratando-se de “competência utilizadas”; e aqueles em que essa mobilização não é exigida “ competência utilizáveis”.
Um sistema de remuneração é para o empregador uma forma de reconhecer o contributo do trabalhador mas para este ultimo representa um sistema de estatutos que integra a hierarquia do mérito e do poder. Por isso, nesse sistema não podem ser ignoradas a experiência a idade e a antiguidade.
A remuneração flexível representa a componente de remuneração que facilita a reconfiguração das regras salariais. Estas regras, designadamente a remuneração de competências podem constituir uma resposta alternativa a um salário de eficiência que a empresas já não estão dispostas a pagar.