sábado, 27 de fevereiro de 2010

Liderança

O grande desafio da gestão efectiva é conduzir a organização em direcção a objectivos previamente estabelecidos. o sucesso de um gestor mede-se fundamentalmente pela sua capacidade em conseguir influenciar e encorajar os seus subordinados a atingir elevados níveis de desempenho, tendo em conta os recursos, as capacidades e a tecnologia disponíveis. 

Liderança é o processo de influenciar os outros de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que seja feito, ou ainda, a capacidade para influenciar um grupo a actuar no sentido da prossecução dos objectivos do grupo.

Sendo apenas uma das muitas tarefas de um gestor, a forma como se exerce tem enormes repercussões não só na evolução da empresa mas também na forma como a empresa como organização é vista quer pelos empregados quer pelos restantes stakeholders.

A importância da liderança na gestão das organizações é tal, que muitas vezes tende a confundir-se com liderança com gestão. Contudo, nem todos os líderes são gestores. Do mesmo modo, nem todos os gestores, só porque o são, são líderes. Apenas porque a organização atribui formalmente a um gestor determinados direitos, nada garante que ele seja um líder efectivo. Por outro lado, constata-se que em qualquer organização empresas incluídas, se verifica a existência de liderança informal, isto é, a capacidade de algumas pessoas para influenciar o comportamento de outras a qual é alheia à estrutura formal da organização e que, nalguns casos, é tão importante ou mais do que a influência formal. Isto é, os líderes podem surgir dentro do grupo, eventualmente de forma espontânea, ou podem surgir pela formal nomeação para cargos de chefia.

A diferença entre gestão e liderança é bem evidenciada numa imagem expressiva de John Kotter: "Em tempos de paz, um exército sobrevive sem problemas se houver uma boa gestão ao longo da linha hierárquica em simultâneo com uma boa liderança. Mas em tempo de guerra, torna-se necessária a existência de uma liderança competente em todos os níveis da hierarquia" (as cited in Teixeira, 1998, p.139). De facto, ninguém põe em questão de como se gerem pessoas num campo de batalha. Elas precisam é de ser chefiadas, ou seja, lideradas. Para John Kotter, a gestão de empresas tem que ver acima de tudo com a complexidade - estruturas organizacionais, orçamentos, etc.; a liderança tem que ver sobretudo com a mudança. 

De modo geral, pode dizer-se que a gestão tem um escopo mais alargado do que a liderança, uma vez que abrange para além de aspectos comportamentais, outros que não têm que ver directamente com o comportamento das pessoas. 

Resumindo, podemos afirmar que um bom gestor é necessariamente um bom líder, mas um bom líder não é necessariamente um gestor; de facto, pode não ser um gestor efectivo (caso do líder informal).

Fonte: Teixeira, S. (1998). Gestão das Organizações. Lisboa: McGraw - Hill

Sugestão para aprofundamento: Kotter, J. (1990). What Leaders Really Do. Harvard Business Review (May/June).