domingo, 23 de outubro de 2011

Motivação - Nick Vujicic

Nick Vujicic superou a sua deficiência para viver uma vida plena e cheia de realizações, tornando-se um exemplo para todas as pessoas que buscam a verdadeira felicidade. Hoje, um palestrante motivacional internacionalmente conhecido, Nick divulga a sua mensagem central: o objectivo mais importante para qualquer pessoa é encontrar o seu propósito na vida, a respeito de quaisquer dificuldades que apareçam pelo caminho.

Com apenas um metro de altura, Nick Vujicic afirma levar uma vida independente. É capaz de se vestir, pentear e até de se barbear sem o auxílio de terceiros.

Em casa, ele costuma pular para se deslocar, e usa uma cadeira de rodas quando sai às ruas. O mais surpreendente talvez sejam os hobbies de Vujicic: nadar, surfar e jogar golfe.

Este é Nick Vujicic, um exemplo de superação, esqueça todas as futilidades da vida assistindo a este vídeo.

Um exemplo, muito positivo e alegre, que emociona muito e faz reflectir e fazer uma análise da vida no momento e para o futuro.

domingo, 16 de outubro de 2011

NÍVEIS DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Dependendo do tipo de avaliação e dos seus objectivos, o que é objecto de avaliação pode assumir diferentes níveis e configurações.


Os resultados de um processo de avaliação podem estar orientados, entre outros, para o conhecimento:
• das diferenças entre os objectivos e referenciais inicialmente fixados e os resultados efectivamente alcançados;
• dos efeitos da formação ao nível do desempenho dos formandos nos postos de trabalho;
• dos factores explicativos que estão na base dos resultados esperados, quer estes tenham sido superados quer tenham ficado aquém do esperado.

Uma das metodologias mais referenciadas em toda a investigação sobre avaliação é a de Donald Kirkpatrick, que, há mais de quarenta anos, identificou os seguintes quatro níveis de avaliação:

Nível 1 – Reacção
Os formandos gostaram do curso?
É uma das formas mais tradicionais e usadas para avaliar. É fácil, rápida e com baixo custo de aplicação. Os resultados negativos podem significar dificuldades de aprendizagem no curso.

Nível 2 – Aprendizagem
Os formandos aprenderam com base nos objectivos do curso?
A aprendizagem pode ser medida através de pré e pós-testes, bem como através de testes escritos ou testes de performance.

Nível 3 – Comportamento
O comportamento dos formandos no posto de trabalho mudou? Os formandos aplicam o que aprenderam? Difícil de operacionalizar. Podem ser utilizados questionários ou grelhas de observação, após a formação.

Nível 4 – Resultados
Qual o impacto da formação na organização?
Trata-se de avaliar o impacto da formação em termos de resultados na actividade da empresa. Este nível de avaliação é geralmente aplicado a cursos de formação que procuram resolver problemas específicos causados por falta de conhecimentos e qualificações. O autor nunca define, de uma forma simples e clara, como se processa este nível de avaliação. Dá alguns exemplos, entre outros, de reduções nos custos e no absentismo. Apesar de ser um nível de avaliação bastante atractivo e almejado por várias empresas, a sua aplicação é extremamente difícil. As dificuldades em estabelecer relações causais directas entre formação/resultados da empresa, bem como a dificuldade em isolar factores de influência nos resultados, não permitem afirmar, categoricamente, que uma dada acção de formação originou um aumento percentual de x nos resultados y da empresa. Se estabelecemos relações directas entre uma dada formação e um certo tipo de resultados, podemos estar a “enredar” muitos outros factores, externos à formação, e que podem ter actuado em simultâneo para a obtenção desses mesmos resultados.

Mais recentemente, temos vindo a assistir à emergência de um “novo” nível de avaliação, que procura ir um pouco mais além do nível 4.

Nível 5 – Retorno do investimento (ROI – Return On Investment)
O retorno do investimento é a comparação, em valores monetários, dos resultados líquidos obtidos face ao custo do programa formativo (expresso em percentagens). Este novo nível de avaliação tornou-se muito popular. Muitos directores não estão dispostos a empreender um projecto de formação se não lhes é garantido um bom nível de retorno do investimento que foi exigido para o levar a cabo. Não lhes basta bons resultados, querem garantir uma recuperação do investimento. É importante não confundir Retorno do investimento com Índice custo/ benefício.

Vejamos a diferença:

IBC =    Benefícios brutos da formação
            __________________________
                   Custos do programa

ROI =    Benefícios líquidos da formação
              __________________________
                   Custos do programa


Suponhamos o seguinte exemplo:

Os custos de um dado programa de formação são 20.000 euros e os benefícios são de 100.000 euros (os benefícios podem ser calculados com base em múltiplos indicadores, tais como o aumento de produtividade e a redução de absentismo, entre outros); logo:

IBC =    100.000 = 5
              _______
               20.000

ROI =    80.000 x 100 = 400%
              _______
               20.000

Como se pode constatar, a diferença fundamental consiste no facto de o IBC considerar os benefícios brutos e o ROI considerar os benefícios líquidos, descontando os custos e sendo expresso em percentagens.

O problema de fundo deste quinto nível de avaliação consiste em isolar os benefícios ligados directamente ao programa de formação, isto é, saber como quantificá-los separadamente.

Esta técnica tem, evidentemente, dificuldades, mas, apesar disso, não deixa de ser um exercício relevante.

domingo, 9 de outubro de 2011

Elizabeth Gilbert on nurturing creativity!

Elizabeth Gilbert medita sobre as coisas impossíveis que esperamos dos artistas e dos génios - e partilha a ideia radical de que, em vez de uma pessoa rara "ser" um génio, todos nós "temos" um génio. É uma apresentação divertida, pessoal e surpreendentemente tocante.

 
Elizabeth Gilbert on nurturing creativity | Video on TED.com

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Catedral (Gestão de Equipas)

Conta-se que Christopher Wren, o arquitecto encarregado da construção da Catedral de Londres, decidiu passear incógnito pela obra para ver como trabalhavam os pedreiros.
Chegado ao local da obra, Wren encontrou três pedreiros e olhou pensativo para os mesmos.
Um trabalhava muito mal, outro correctamente e o último punha no que fazia uma força e uma dedicação muito superiores às dos outros dois.
Sem se conter, aproximou-se do primeiro e perguntou-lhe:
- Boa tarde, senhor, a que é que se dedica?
- Eu? – respondeu o pedreiro. – Dedico-me a trabalhar de sol a sol numa tarefa dura e esgotante, que não me satisfaz. Nunca mais vejo a hora de acabar.
O arquitecto aproximou-se do segundo pedreiro e fez-lhe a mesma pergunta:
- Boa tarde, senhor, a que é que se dedica?
- Estou aqui para ganhar dinheiro suficiente para sustentar a minha mulher e os meus quatro filhos.
Wren dirigiu-se, por fim, ao terceiro trabalhador:
- Boa tarde, senhor, a que é que se dedica?
O pedreiro levantou a cabeça e, com um olhar cheio de orgulho, disse-lhe:
- Estou a construir a Catedral de Londres, cavalheiro.

 Comentário:

Antoine de Saint-Exupéry, autor do imortal O Principezinho, assegura numa das suas frases célebres que, se quisermos construir um barco, não devemos começar por cortar a madeira e distribuir o trabalho, devemos primeiro ser capazes de evocar nos homens o sonho do mar livre e aberto. 
De facto, um líder deve saber motivar e tem de se preocupar constantemente em manter a motivação da sua equipa. Porque uma pessoa motivada, como é o caso do pedreiro da catedral de Londres, trabalha melhor. É mais rentável e mais fiável nas tarefas que lhe são atribuídas. E isso porque se sente parte do projecto, Dos três, o único que está envolvido na construção da catedral é, sem dúvida, o que tem melhores resultados. 

Devemos ser capazes de nos envolver e de envolver os outros. Acontece muitas vezes que só se tem em conta a equipa quando existem problemas. Na hora de comunicar maus resultados ou nas alturas em que as coisas não funcionam. Mas, para envolver verdadeiramente as pessoas, temos de fazê-las sentir, e sentirmo-nos nós próprios, parte da solução, não apenas do problema. Perceber que o nosso trabalho serve para a construção da catedral. E, para motivar, não são precisas características especiais nem grandes acções. Devemos simplesmente conhecer as pessoas que, no fundo, não são diferentes de nós mesmos. Quando nos conhecemos a nós mesmos, conhecemos a humanidade inteira, como garantia Hobbes. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Avaliação da Formação


O elevado investimento financeiro dos últimos anos em actividades formativas tem vindo a intensificar a pressão para que se demonstre de que forma a formação contribui, efectivamente, para o desenvolvimento das competências profissionais dos indivíduos e, consequentemente, para o desenvolvimento das organizações (Holton, 1996; Salas e Cannon- Bowers, 2001). Por outras palavras, a avaliação da formação tem vindo a assumir uma grande importância no quadro das actividades da gestão de recursos humanos, uma vez que alguns indicadores de eficácia organizacional têm vindo a demonstrar que já não é suficiente presumir que o simples facto de os indivíduos frequentarem acções de formação resulte sempre em desenvolvimento e melhoria do desempenho individual e organizacional.

A avaliação da formação consiste num processo sistemático de recolha de dados e de análise da concepção, implementação e consequências das acções de formação realizadas numa organização, com vista a averiguar a sua eficiência, relevância e efeitos na dinâmica organizacional (e.g., Goldstein, 1986; Phillips, 1991).

A importância da avaliação da formação, assim como a dificuldade em fazê-la, é um factor de concordância entre os diversos investigadores na área da formação (Alliger, Tannenbaum, Bennett Jr., Traver e Shotland, 1997).

Noe e colaboradores (2006) apresentam as sete razões pelas quais é necessário avaliar as acções de formação. De um modo geral, a avaliação da formação permite identificar as forças e as fraquezas da formação, ou seja, determinar em que medida os objectivos de aprendizagem foram alcançados e a respectiva qualidade do ambiente de aprendizagem, assim como averiguar em que medida essa aprendizagem está a ser transferida para o local de trabalho. Quando se avalia uma acção de formação é também possível analisar em que medida o conteúdo, a organização e a administração da formação (incluindo aspectos como o horário, as instalações, formador e materiais) contribuíram para a aprendizagem e respectiva transferência da formação. A avaliação da formação permite ainda identificar quais foram os formandos que beneficiaram mais, ou menos, da formação. Ao aferir as razões que levaram os formandos a participar na formação, o seu nível de satisfação com a formação, e em que medida recomendariam a formação a outros colegas, as organizações podem ainda recolher dados importantes para o marketing organizacional. Quando uma acção de formação é avaliada, é ainda possível determinar os seus custos e benefícios financeiros, compará-los a investimentos não relacionados com a formação, nomeadamente ao redesenho do trabalho ou a uma melhor selecção de colaboradores, e a outros programas de formação.

De acordo com a literatura (e.g., Dionne, 1996), a dificuldade na avaliação da formação resulta da existência de diversos factores que devem ser tomados em consideração quando se procura avaliar um programa formativo:

1. A influência exercida pelos diferentes indivíduos (directores, formandos e peritos) envolvidos no processo formativo, nomeadamente na identificação e hierarquização das necessidades da organização (Sleezer, 1993);
2. O efeito da concepção da formação, das características dos participantes e das características da organização nos resultados esperados da formação (e.g., Newstrom, 1986; Noe e Ford, 1992);
3. A relação entre o tipo de aprendizagem que irá ser adquirida (puro conhecimento, capacidades práticas, mudanças comportamentais), a concepção da formação e as estratégias de ensino utilizadas (e.g., Dickson e Mullen, 1990; Gist, Bavetta e Stevens, 1990; Orpen, 1985; Verlander, 1992);
4. O potencial contributo de estratégias de apoio à transferência da formação (por exemplo, prevenção de recaídas) e de estratégias mais gerais relacionadas com a gestão da transferência antes, durante e após a formação (e.g., Gist, Stevens e Bavetta, 1991; Marx, 1982, 1986; Yelon, 1992) e,
5. Os conflitos gerados pela divergência de interesses entre os directores que tomam as decisões de acção, os investigadores que se preocupam com a metodologia e respectiva validade, e os formadores que fazem da formação o seu modo de vida (e.g., Faerman e Ban, 1993; Roberts, 1990; Tannenbaum e Woods, 1992).

Em suma, a avaliação da formação visa essencialmente responder a duas questões principais (Caetano, 2007). Por um lado, pretende-se saber em que medida foram alcançados os objectivos da formação, em termos de aprendizagem por parte dos formandos. Por outro lado, pretende-se averiguar em que medida o alcance desses mesmos objectivos resulta numa mudança ou melhoria do desempenho profissional dos formandos no local de trabalho. Isto é, em que medida se verificou transferência da aprendizagem para o local de trabalho (Kraiger, Ford e Salas, 1993).

A avaliação da formação tem vindo a assumir uma grande importância no âmbito das políticas e das práticas de gestão de recursos humanos na medida em que é um processo que consiste na medição do sucesso, ou insucesso, de uma acção de formação, existindo já na literatura algumas abordagens que procuram descrever quais os critérios de sucesso da formação.

Referências: 
- Alvarez, K., Salas, E., e Garofano, C. M. (2004). An integrated model of training evaluation and effectiveness. Human Resource Development Review, 3 (4), 385-416.
- Phillips, J. J. (1991). Handbook of training evaluation and measurement methods. London:Kogan Page Ltd.
- Ribeiro, R. (1992). O Painel de Controlo da Formação, colecção Formar Pedagógicamente (nº 13), Lisboa, edição IEFP, 1992.
- Dionne, P. (1996). The evaluation of training activities: A complex issue involving different stakes. Human Resource Development Quarterly, 7 (3), 279-286.
- Instituto para a Qualidade na Formação, I.P. (Produção de conteúdos: Zelinda Cardoso) (2006). Guia para a Avaliação da Formação, Colecção Metodologias de Formação - O ciclo Formativo. Lisboa: Instituto para a Qualidade na Formação, I.P.



quarta-feira, 8 de junho de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Código do Trabalho

Direitos dos trabalhadores - estão consagrados nos artigos 54.º, 55.º, 57.º, 59.º da Constituição da República Portuguesa:
Exemplos:

- O direito à retribuição.
- O direito à prestação de trabalho em condições de higiene e segurança.
- O direito à greve.
- O direito ao repouso, descanso semanal e férias periódicas pagas.
- O direito a assistência material em caso de desemprego.
- A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho.
- O direito ao trabalho.
- O direito à liberdade sindical.

Deveres dos trabalhadores - estão indicados no artigo 121.º do Código do Trabalho.
Exemplos:

- Respeitar a entidade patronal, assim como os seus colegas de trabalho.
- Ser assíduo.
- Ser Pontual.
- Desempenhar as suas funções com empenho.
- Cumprir ordens e instruções do empregador, salvo se forem contrárias aos seus direitos.
- Conservar e utilizar correctamente os materiais de trabalho fornecidos pelo empregador.
- Cumprir as regras de segurança, higiene e saúde.

                                                                    Foto: http://www.flickr.com/photos/cushinglibrary/


Contrato de Trabalho
Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a outra ou outras pessoas, sob a autoridade e direcção destas. 


Contratos de trabalho por tempo indeterminado
Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado, o período experimental tem a seguinte duração: 


- 90 dias para a generalidade dos trabalhadores;
- 180 dias para os trabalhadores que exerçam cargos de complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressuponham uma especial qualificação, bem como para os que desempenham funções de confiança;
- 240 dias para pessoal de direcção e quadros superiores.


Contrato de trabalho a termo certo
Nos contratos de trabalho a termo, o período experimental tem a seguinte duração: 


- 30 dias para contratos de duração igual ou superior a seis meses; 
- 15 dias nos contratos a termo certo de duração inferior a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja duração se preveja não vir a ser superior àquele limite. 


Contrato de trabalho a termo incerto
O contrato de trabalho a termo incerto dura por todo o tempo necessário para a substituição do trabalhador ausente ou para a conclusão da actividade, tarefa, obra ou projecto cuja execução justifica a celebração. 


Suspensão e Cessação da relação de trabalho
Pode cessar por: 


- Caducidade (quando termina o prazo, ou seja, caduca);
- Revogação (quando ambas as partes terminam o contrato que celebraram);
- Resolução (quando uma das partes rescinde/anula o contrato);
- Denúncia (quando alguém denuncia uma situação ilegal).