quinta-feira, 2 de maio de 2013

Trabalho em Equipa

     Quando criamos uma equipa de trabalho não basta escolher simplesmente os melhores. “Melhor” é um conceito relativo que se aplica sempre em função do resultado. Utilizando uma metáfora futebolística, seria tão estúpido jogar com onze extraordinários atacantes como com onze guarda-redes medíocres. Muito provavelmente, nenhuma das equipas seria boa e, sem dúvida nenhum dos seus elementos se destacaria como “o melhor”.
    Com esta introdução, o meu objetivo primordial é transmitir o conceito milenar de que “uma equipa deve ser melhor do que a soma das suas partes”, percebendo que é através da complementação que se conseguem melhores resultados, tendo sempre presente, que só através da compensação dos defeitos de uns com as virtudes de outros atingimos os resultados esperados. Não devemos apenas premiar e potenciar o talento, mas também promover e valorizar pessoas que fazem com que o talento dos outros possa brilhar com maior esplendor. Um país não pode funcionar sem classe média. E, se a classe média é fundamental para o bom funcionamento da sociedade, o mesmo acontece nas empresas/equipas.
    Portanto, apesar de vivermos uma fase de instabilidade, onde nos é exigido um grande grau de consistência, ao nível de resultados, e acima de tudo preocupação com quem nos rodeia, devemos exigir das pessoas aquilo que elas são capazes de dar. Mais, necessitamos criar expectativas e sentimentos positivos naqueles com quem convivemos ou por quem somos responsáveis, onde esteja presente um clima de saúde global (i.e., física, mental, emocional e espiritual), que proporcione um cada vez mais eficaz trabalho em equipa, assente numa grande complementaridade de atitudes empenhadas e focadas em objetivos comuns, de forma a que os desafios coletivos sejam os dos membros que os compõem, numa profunda identificação individual com os objetivos coletivos em que o erro e o sucesso sejam encarados na relatividade das respetivas realidades em que ocorrem e identificados como fases decisivas da aprendizagem e do treino a caminho da excelência.
     Em suma, se uma árvore é capaz de dar laranjas, devemos exigir que dê laranjas mais doces, nunca devemos pedir a uma laranjeira que dê maças. Se uma árvore nos dá sombra, aproveitamo-la. Uma equipa unida é como as flechas: uma flecha sozinha pode partir-se facilmente, todavia, se tentarmos quebrar um molho, possivelmente, não conseguiremos quebrar nenhuma. Termino com a partilha de um fantástico vídeo, ilustrativo de uma excelente composição de trabalho em equipa.