quinta-feira, 30 de abril de 2015

Estratégia de RH - Eng.º Ferreira de Oliveira (CEO - Galp Energia)

Artigo redigido por António Machado Vaz* 
AMV20|2013-15

Ferreira de Oliveira[1] fala sobre a estratégia de RH como elemento indispensável à concretização da estratégia de negócio


Ao longo dos tempos temos deixado aqui registo de conferências a que assistimos e que consideramos com especial interesse para a temática dos Recursos Humanos (François Piennar e a sua experiência de liderança com Nelson Mandela; Prof. Carlos Ribeiro e as potencialidades dos sistemas de avaliação de desempenho).

Em face das notícias que dão conta da sua saída da Galp Energia, venho hoje partilhar os ensinamentos do Eng.º Ferreira de Oliveira, CEO / presidente executivo da petrolífera portuguesa - que, em Novembro do ano passado, na PBS, falou durante perto de 2 horas da Estratégia de RH como elemento indispensável à concretização da estratégia de negócio.

O primeiro aspecto a sublinhar é que não é normal vermos o CEO de uma empresa com a dimensão da GALP dedicar o seu tempo a falar sobre Capital Humano – assunto que geralmente é considerado secundário nas empresas e que é relegado para o diretor de RH. Esta atitude – por si só – já demonstra a importância que ele dá ao sector (que não é só “31 de boca”).

Ferreira de Oliveira começou por dizer que – ao longo dos seus 40 anos de experiencia – apercebeu-se que “há dois aspectos essenciais à concretização da estratégia de negócio:
1 – o saber (comecei a minha carreira como investigador. E estar seguro numa área concreta do saber, dá-nos confiança).
2 – os RH (as pessoas são o maior activo de uma organização)

Há uma grande diferença entre aquilo que as organizações SÃO (a sua cultura, os valores porque se regem) e aquilo que QUEREM SER (os objectivos estratégicos que, há partida, correspondem a uma visão/missão).

A diferença entre O QUE SOMOS e O QUE QUEREMOS SER, só é possível ser concretizada através das pessoas (não conheço outro veículo). Claro que temos de ter tecnologia. Claro que temos de ter recursos financeiros. Mas sem uma gestão adequada das pessoas, não se atingem resultados.

Os RH promovidos por impulso não funcionam bem. Têm de haver uma estratégia coerente/ consistente.

Assim, a Estratégia de rh deve ser traçada com base nos seguintes aspectos:
1.     Diferenciação
2.     Obtenção de vantagens competitivas de forma sustentável.
3.     gestão da mudança
4.     Competências
5.     Cultura organizacional
6.     Políticas e processos

O Sector de OIL & GAS gasta 100 biliões em I&D.[2] É uma das indústrias mais avançadas do mundo. As pessoas acham que fazer prospecção de petróleo é apenas perfurar mas tem muito que se lhe diga. É preciso equipamento muito avançado. De tal ordem que um dia de perfuração custa 1 milhão de € / dia… e nunca demora menos de 90 dias.

Sem profissionais competentes[3], uma empresa não pode ser competitiva. Claro que tenho de ter um balanço decente[4] (Recursos / tecnologia) MAS não chega: é preciso ter as pessoas certas nos lugares certos (a liderar e não só… parece uma coisa óbvia mas é difícil de conseguir). Todas as pessoas têm talento; por vezes não sabemos é qual é o talento que elas têm. Temos de maximizar a extração de valor através do talento. É preciso ter uma cultura de resultados.

É curioso que a contabilidade regista activo tangível com todo o rigor MAS não regista os activos intangíveis: O TALENTO.

É preciso:
1º - mapear o talento: O primeiro paço para gerir bem o talento é identificá-lo.
2º - Gestão do talento: Quais são os nossos pontos fortes? Como podemos neutralizar os pontos fracos?[5] Há instrumentos analíticos que nos ajudam a extrair informação da base de dados para gerir o talento (HR ANALYTICS).
3º - Formação avançada: visa precisamente desenvolver as capacidades de todos.
4º - Potencial: mesmo depois de fazer tudo o que está atrás, mesmo assim, a pessoa ainda fica aquém do seu potencial.
5º - Liderança: os líderes devem ser dispensáveis (daí ser preciso pensar na sucessão).
A melhor forma de progredir na carreira é ser-se dispensável no que se faz actualmente (por isso é tão importante ir formando sucessores que me possam substituir nas áreas mais técnicas, para me libertarem de modo a que eu me possa concentrar noutras áreas). O mais difícil é gerar uma cultura organizacional de compromisso (as pessoas saberem o que têm de fazer, quererem fazê-lo e saberem como fazê-lo).

Atração e gestão de talento: A Galp Energia tem feito um investimento muito forte no desenvolvimento do seu capital humano, assumindo uma prioridade estratégica com objetivos e contornos bem definidos.
A eficácia da gestão do capital humano é avaliada de forma consistente na Galp Energia.
O impacto financeiro da política de capital humano é calculado através de uma fórmula do retorno do investimento do capital humano (ROI do capital humano).


Ex: Os resultados mostram que cada euro investido nos colaboradores gerou, em 2012, cerca de €2,61 de retorno para a Galp Energia. Isto significa que cada euro investido em salários e benefícios sociais gerou mais do dobro em retorno económico.

Na Galp, a gestão de RH é diferente da estratégia de RH:

ATENÇÃO: Uma empresa é como um super-petroleiro: demora muito a mudar de rumo (eu sei que uma decisão que tomo agora só daqui a 5 anos irá dar frutos: 5 anos é considerado curto-prazo) e cada mudança de rumo custa milhões (por isso é que cada decisão estratégica tem de ser muito bem ponderada. Não se muda de estratégia levianamente).
A estratégia de RH é quem pensa no capital humano. Qual é o capital humano que eu preciso e consigo atrair do exterior e aquele que eu consigo gerar dentro de casa?

O ideial é conseguir desenvolver os recursos necessários “dentro de casa”, para conseguir suprir as minhas necessidades. Mas por vezes isso não é possível e temos de ir buscar fora (recrutar): atrair do exterior (ex: os técnicos especializados estrangeiros tem uma carga fiscal de apenas 20% nos primeiros 10 anos em Portugal).

Como se desenvolvem os recursos “dentro de casa”?

1 - Planos de mobilidade: 3 anos em cada sítio - e não estamos a falar de promoções. Aliás, às vezes pode ser uma verdadeira “despromoção”, dado que vou sair da minha zona de conforto, passando a desempenhar tarefas que não domino, em sítios onde não estou à vontade: é a chamada mobilidade horizontal).

2 - Plano de sucessão e plano de carreira: Por ex: um geólogo (que é um profissional importantíssimo na industria petrolífera; pago “a peso de ouro”). Começa por ser trainee: vai estar 6 meses na sua zona de conforto (a desempenhar tarefas na sua área de especialidade – ie, a geologia – em que “o que sabe fazer, faz bem”) e outros 6 meses na sua zona de desconforto (por exemplo, na contabilidade). A ideia é dota-lo de capacidade de adaptação e de aprendizagem.Se ficar, sabe que tem 12 caracteristicas e que, todos os anos, tem de progredir nessas características. Aos 28 anos vai para a academia GALP.

3 - Remuneração e avaliação de desempenho: A avaliação de desempenho é fundamental para a retenção e valorização do capital humano. Os altos quadros são avaliados individualmente. Os técnicos são avaliados por equipa (porque é muito difícil avaliar as suas performances individualmente).


700 quadros de topo têm um “CONTRATO DE GESTÃO” – o que significa que são avaliados individualmente, por critérios quantitativos (não qualitativos). Cada um sabe o que é esperado de si e qual é a sua avaliação. Queremos sempre parâmetros quantitativos (e procuramos sempre critérios quantitativos), de modo a ser o mais objectivo possível.

4 – Formação de Líderes: Tem de ser um excelente técnico mas também tem de ter competências de liderança. Quando identificamos lideres puxamos mais por eles. É isso que ele vai desenvolver ao longo dos 10 anos seguintes, através de 3 programas: (1) Leadership for the future; (2) Developing leaders; (3) maturing leaders.

Chefias de 1ª linha: A1. Todos os níveis de liderança têm de estar a nível 6 (em 10).
Chefias de 2ª linha: A2. Todos os níveis de liderança têm de estar a nível 4 (em 10).
Chefias de 3ª linha: A3. Todos os níveis de liderança têm de estar a nível 3 (em 10).
Todos têm formação e assessment (avaliação) com exames e notas. E as notas têm consequências.[6]

Mas atenação que, se não tiver características de liderança, não é por aí que deixa de ter futuro. Tem é uma progressão diferente: um fiscalista, por exemplo, hoje em dia vale ouro. Um prémio nobel quer é ficar no laboratório e pode ganhar mais até que o presidente da empresa.

Depois fazem um PDP (PLANO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL), com a assessoria de um consultor externo. “Nunca delegue na sua chefia o seu desenvolvimento profissional”. Aquilo pinta a pessoa tal como ela é – e, por vezes, as pessoas não gostam do que veem. Mas depois as pessoas crescem e ficam gratas.
5 – Formação Técnica: a estratégia da GALP passa por ter a sua própria Universidade Corporativa (para gerar as suas próprias competências dentro de casa).

Academia Galp Energia (Training and assessment center): A Academia Galp Energia resulta da determinação e do empenho em potenciar as capacidades dos Quadros do Grupo e em fazer emergir novos líderes capazes de assumirem responsabilidades crescentes ao nível dos negócios e funções corporativas da Empresa.
As funções formativas da Academia Galp Energia estendem-se a distintas áreas do conhecimento, integrando, deste modo, cursos ou ações de formação especificamente desenhados para os objetivos traçados. Em 2012 realizaram-se 21696 horas de formação a 277 colaboradores.

Eng. IQ: O Programa EngIQ, na vertente de Formação Avançada em Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química permite assegurar que os projetos de investigação conducentes a Doutoramento serão realizados em ambiente empresarial e em temas previamente acordados entre as Universidades e as Empresas. Este programa de estudos contribui para a promoção da competitividade do tecido industrial nacional, através da criação e disseminação de conhecimento científico que suporte novos desenvolvimentos tecnológicos.[7]

Formação Avançada em Gestão[8]: O Curso de Formação Avançada em Gestão, com especialização no ramo da gestão de energia, visa proporcionar formação em gestão e comportamental aos quadros superiores e aos colaboradores de alto potencial da Galp Energia. A promoção de networking interno facilita, assim, a interação entre colaboradores no âmbito das tomadas de decisão (tanto ao nível operacional como tático ou estratégico).

Estudos avançados em GEO-ER: Programa de estudos avançados e investigação conjunta entre a Galp Energia e a Petrobrás na área de investigação e produção de hidrocarbonetos em águas profundas. O objetivo deste curso é o desenvolvimento de aptidões e métodos de investigação no domínio da geoengenharia de reservatórios, dotando geólogos, geocientistas e engenheiros de competências multidisciplinares diferenciadoras.

CompeC: A Formação Avançada em Competências Comerciais com cerca de 80 horas de formação divida em dois níveis, visa formar comerciais verdadeiramente especializados no processo de venda (abrange cerca de 150 colaboradores/ano).[9]

Cada programa tem pessoas de diferentes geografias e de diferentes departamentos, criando assim redes de networking internas (horizontais). Em todos os módulos, o Eng.º Ferreira de Oliveira dá uma aula de 1,5 horas.

Além destes, têm ainda o Mestrado em Engenharia do Petróleo (ISPG)[10] criado no ano passado em parceria com a universidade escocesa de Heriot-Watt (uma das instituições europeias mais conceituadas nesta área – por causa do cluster do mar do norte). Vêm professores dessa universidade dar aulas, sendo assessorados por professores das 6 melhores universidades portuguesas. Foram escolhidos 22 alunos de um universo de 1600 candidatos. A GALP suporta as propinas e paga uma bolsa de € 1500/mês (“Andamos com eles ao colo!”).

NOTA: Portugal sempre teve uma elite de trabalhadores qualificados – principalmente na Função Publica em que, quem queria aprender, tinha acesso aos melhores cursos do mundo (porque o Estado pagava tudo, “no questions asked!”). O problema é que depois, quando esses trabalhadores atingiam o pico da sua curva de aprendizagem (lá prós 50 anos), iam prá pré-reforma ou trabalhar para empresas privadas. Um desperdício!

IMPLEMENTAR A ESTRATÉGIA: Estratégia define o caminho a percorrer desde AQUILO QUE SOMOS até ÀQUILO QUE QUEREMOS SER. A Estratégia determina a estrutura (como arrumamos os trapos?): como é que eu faço para que a estrutura evolua para que acompanhe a estratégia? O primeiro passo será encontrar as pessoas com perfil e competências adequadas às exigências organizacionais.

Os 3 Cs:
·       CLAREZA (Clear it): clarificar a estratégia em todos os níveis de liderança, por forma a que os lideres compreendam e suportem a sua implementação

·        COMUNICAÇÃO (communicate it): “a melhor forma de aprender é comunicar”

·     CASCATA (cascade it): por vezes os chefes são um filtro à comunicação – o que é mau! Disseminar a mensagem pela organização, até ao último elo.Kelleher ofSouthwest Airlines calls “difficult to understand and boring.”


Most leaders fail—not in the formulation of strategy, but in its implementation. To successfully execute an organization’s strategy, it must be the focus of every person in that organization. It is up to the leaders to create, monitor, and reward that focus as it is expressed. So how then do you provide the leadership required to implement strategies in a way that allows them to come to life in each corner of an organization? I offer that if you pay attention to the Three Cs of strategy, you will be well on your way to success in this endeavor.

  ·  Clarify your strategy: All too often, strategies are expressed as high-level statements that resonate with board and executive levels but fall flat with mid-level and frontline personnel. Unfortunately, if people don’t understand the strategy, they are unable to connect with it. So the first step is to clarify your strategy in a way that people in your organization can rally to support its implementation. Done well, this strategy will tie together your goals and objectives and clearly explain what you intend to do. In their book “Top Management Strategy”, Ben Tregoe and John Zimmerman offer a very useful definition of strategy, calling it, “the framework which guides those choices that determine the nature and direction of an organization.” Most importantly, try to stay away from “corporate speak,” or “bureaucratize,” which Herb Kelleher ofSouthwest Airlines calls “difficult to understand and boring.”
 
·       Communicate your strategy: I’ve never encountered an organization where I heard from people that we communicate too often or with plenty of clarity. So then, communication is the second C. Powerfully communicating the essence of your strategy at every level of the organization using multiple mediums is the key here. (Don’t expect the posters you had made up to do the job.) Use internal blogs and message boards, brown bag luncheons, podcasts, and department meetings to communicate what the strategy is and how everybody’s work is informed by that strategy. Discussions need to occur at each level, translating the organization’s strategy to understandable and contextualized sound bites, which connect to the work of individuals. In short, communicating the strategy provides the “connective tissue” throughout the organization that helps people understand the big picture.
 
·       Cascade your strategy: If strategy is “what” you do then tactics are “how” you do it. And if you want your strategy implemented well, you need to cascade it throughout the organization and get to the practical and tactical components of people’s jobs every day. Ideally, you will involve your managers in this process, and they will help to translate the elements of the strategy for your organization to their own functional areas. Doing this allows them to develop and own the process of cascading the strategy and designing implementation plans with high likelihood of execution. Cascading strategy is the proverbial rubber hitting the road. The bulk of the work in implementing strategy is done at this stage. It is the team meetings, the one-on-one coaching, the process improvements, the customer meetings, and the responses to the market that, in alignment with an organization’s strategy, can make a tremendous difference for an organization.

The pace of business shows no signs of slowing down and the competition in any sector isn’t getting easier. But effectively implementing strategy can be a source of competitive advantage. Try these Three Cs and see if they help. Leaders from Fortune 500 companies to small not-for-profits must be armed with the ability to effectively implement the strategies of their organization, all while juggling 100s of emails and voice mails, and addressing the exigencies of the day.  Because implementing strategy is not additive work for the leader. It is, in fact, their pivotal job.[11]
 
Q & A:
 
O que fazer às pessoas que não é possível ajustar à estrutura?
É um processo ou faz parte da progressão da organização?[12]
R: Dou o exemplo do Eng.º João Talone, com quem aprendi muito (o pai - não o filho – que tem 90 anos e é presidente honorário da UNICER) e que punha sempre 200 mil euros de parte no orçamento para rescindir contratos com aqueles que não se adaptavam. “Casa-se para viver em permanência, mas por vezes as coisas não correm bem!”.Na BP, os avaliadores aconselham as pessoas que não estão adaptadas (e que, por isso, têm sucessivas más avaliações) a irem procurar outro emprego. Isso, que poderia cair mal, está tão instituído que é encarado com naturalidade. De tal ordem que a BP era considerada uma fonte de capital humano para as PME’s (porque todos os que saiam eram muito bons!). E gerindo bem esse processo de saída, “temos um amigo em todas as empresas inglesas”. Sendo necessário, acabavam por ter ali um embaixador/ uma porta aberta para a empresa. A GALP tem um orçamento de 20 milhões para rescisões amigáveis.
Porque é que os trabalhadores saem das empresas? Bad management?[13]
R: O bónus é sempre quantitativo: Contrato de gestão + Resultado da unidade de negocio + (…)
Depois há a avaliação qualitativa (av. 360º) ex: respeito que os subordinados têm pela chefia; a forma como desenvolve o trabalho.
Ou seja: usam as duas componentes porque não interessa só atingir os resultados mas tambem a forma como foram atingidos (com ética, ajudando a equipa – ie, respeitando os valores da empresa)[14].

VALORES DA GALP
G: Growing together
A: Action
L: Loocking in to the future (sustentabilidade)
P: Paixão (entusiasmo!)
 
Porque é que os donos do capital nem sempre têm uma visão estruturada do desenvolvimento das pessoas[15]
R: Na cultura anglo-saxónica, os detentores do capital (accionistas) é que escolhem os gestores profissionais da empresa. Uma das debilidades da economia portuguesa é esta confusão entre as 2 figuras (porque o acionista vai defender os seus interesses e ao faze-lo, pode matar a empresa). As empresas precisam dos accionistas para terem capital – e a melhor forma de atrair accionistas é remunerando bem o capital.

A excelência da instituição é mostrada pelo retorno dos capitais próprios.


[1] Manuel Ferreira de Oliveira nasceu a 21 de Dezembro de 1948. Cursou Engenharia Electrotécnica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1971) e obteve os graus de Master of Science e de Doutor em Engenharia na Universidade de Manchester. Recebeu formação na área de Gestão no IMD, em Lausanne, Suíça, e na Harvard e na Wharton Business Schools, nos Estados Unidos da América. Foi docente e investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1971-1980), tendo assumido progressivamente as funções e de Monitor, Assistente, Professor Auxiliar, Professor Agregado e Professor Catedrático (1979). Entre 1980 e 1995 viveu e trabalhou na Venezuela e no Reino Unido, países onde desempenhou variados cargos na indústria petrolífera internacional, ao serviço de PDV – Petróleos de Venezuela, S.A. e da BP – The British Petroleum Company, Plc., tendo ocupado, entre outras funções, as de Director de Planeamento Corporativo da Lagoven, S.A. (Caracas), de Administrador da Nynas Petroleum (Estocolmo), da Rhur Oel (Dusseldorf) e da PDv Services (Haia) e de Administrador e CEO da BP Bitor, S.A. e da Bitor Energy, Plc. (Londres). Após 1995 foi Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo da Petrogal (1995-2000), Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo da Unicer – bebidas de Portugal, SGPS, S.A. (2000/2006) e Administrador Executivo da Galp Energia (2006), empresa de que é Presidente da Comissão Executiva (CEO) desde Janeiro de 2007. 
[3] Por ex: como se dá uma boa noticia? E como se dá uma má noticia? Esse tipo de formação especifica ajuda a gerir equipas.
[4] Na perspectiva global (ao pé de monstros como a Shell, BP, Xevron), a GALP é uma PME mas tem uma rentabilidade do capital ao nível dos maiores.
[5] Peter Drucker e Andrew Grove diziam precisamente o mesmo: um gestor é alguém que transfere recursos de áreas onde estes têm baixa produtividade para outras áreas onde os mesmissimos recursos obtêm uma produtividade elevada. Nos RH (staffing) isso significa mudar as pessoas de funções onde as suas fraquezas contam, para outras funções em que essas fraquezas passam a ser irrelevantes e o que conta passa a ser apenas as áreas onde elas são realmente boas. São as forças (não as fraquezas), as habilidades (não as deficiências) que contam. Por isso é que é importante começar por avaliar os factores que determinam o sucesso de determinadas funções: para depois alocar as pessoas mais competentes para essas funções - in “Shakespeare, Henry V and the Lessons for Management” (Jorge Vasconcelos e Sá).
[6] Os que têm 16 valores vão almoçar comigo e temos uma conversa em que eu oiço o que eles têm pra dizer.
[7] Um dos aspectos que é focado são as ciências comportamentais na engenharia (que é uma área normalmente descurada)
[8] 15 dias por ano x 3 anos
[9] É lecionado pela PBS
[10] O ISPG - Instituto do Petróleo e do Gás foi lançado no ano passado pela Galp em parceria com seis universidades portuguesas: Aveiro, Lisboa, Coimbra, Nova de Lisboa e Porto. O curso nasce de uma parceria entre o ISPG e a universidade escocesa de Heriot-Watt, uma das instituições europeias mais conceituadas nesta área. Visa responder a duas grandes dificuldades que esta indústria enfrenta hoje, a nível global, incluindo a Galp Energia: forte escassez de mão-de-obra qualificada para o petróleo de grande profundidade e perspectiva de grande desenvolvimento desta área nos próximos anos. Nos últimos três anos, a Galp Energia duplicou o número de trabalhadores qualificados na área da exploração e pesquisa (E&P), sobretudo para responder aos projectos que tem no Brasil, mas está longe de suprir as necessidades, prevendo um aumento “significativo” destes recursos no médio prazo. “O número depende das novas descobertas, dos planos de desenvolvimento dos projectos”, acrescenta. Um estudo recente sobre as necessidades de mão-obra da indústria para o petróleo subaquático (especialmente grande profundidade) calcula que os actuais 92 mil trabalhadores qualificados devam subir para 150 mil em 2020, a uma taxa média anual de 7%. Os dados são da FTU-Fundação para a Tecnologia Subaquática, com sede na Noruega.
[12] Luisa Bessa (Casa da Musica)
[13] José Vale (General Motors)
[14] na Bosch a lógica é a mesma
[15] Paulo Fidalgo

* Colaborador nas publicações do Blogue desde Outubro de 2013.